sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CRÍTICA DO FILME: "CRIANÇAS INVISÍVEIS



Apesar de algumas histórias serem muitos diferentes daquilo que vivemos em nosso país, representam a realidade de muitas crianças de outros lugares.



O filme tem a intenção de retratar as diferentes realidades das crianças dos dias de hoje, isto é, como elas se tornam “pequenos adultos” antes da hora e acabam perdendo uma fase fundamental para todo ser humano: a infância. Problemas dos mais diversos tipos e a marca cruel em suas consciências por terem perdido a melhor época de suas vidas, são retratados por diretores de vários países.


Infelizmente, todos nós, adultos e adolescentes conscientes de nossos papéis sociais, sabemos que muitas vezes isso ocorre por necessidade, afinal de contas, nem todas as crianças nascem com liberdade de escolha e oportunidades. Muitas têm pais fugitivos da polícia e drogados, como os pais da personagem Blanca, por exemplo. E é justamente aí que, as tais “crianças invisíveis” olham para outras crianças e veem como é difícil não ter um tempo para brincar; não ter uma família com quem compartilhar suas alegrias.


Há histórias no filme que nos atingem mais profundamente e nos fazem sentir a dura realidade das diferentes raças de crianças retratadas no filme, como se estivéssemos no lugar delas, é o caso de “Song Song e Gatinha”, último curta de uma série de sete narrativas. As outras histórias mostradas são um pouco mais frias e distantes da realidade na qual vivemos, mas também têm semelhanças, como nas irregularidades, erros e problemas que eliminam a infância das crianças e as forçam a amadurecer antes da hora, ocasionando grandes sofrimentos e até mesmo traumas por não terem a vida de uma criança normal.

Oportunidade é o que essas crianças (fictícias e reais) querem hoje. Oportunidade de uma vida melhor e de serem pessoas boas. Como seria bom se todas as crianças pudessem ter apenas cicatrizes causadas por um simples tombo da árvore e não pela violência de uma garrafa quebrada em sua cabeça por seu próprio pai. Como seria mais simples se aquela perna estivesse machucada apenas por causa de uma partida de futebol com amigos e não por ter sido atingida por uma bala perdida durante a fuga da polícia.

Luiza Silva Rezende – Aluna do 8º Ano do Ensino Fundamental II




O filme “Crianças Invisíveis” é a junção de pequenas histórias de sete diretores diferentes. Filmadas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, ele tem como objetivo mostrar a horrível situação que muitas crianças vivem hoje. As histórias não têm ligação nenhuma umas com as outras, quer dizer, a única semelhança é o tema que envolve a situação real da infância: crianças que se tornam adultas antes do tempo.

A união das histórias faz com que possamos perceber que as situações são muito semelhantes em todos os lugares, ou seja, o problema não é só aqui em nosso país, como costumamos pensar. Esse filme é uma ótima opção para muitos adultos, que na maioria das vezes maltratam e deixam com que as crianças tenham um mau desenvolvimento, e também para nós, crianças ou adolescentes, que quase sempre não damos valor a vida que temos. Assistindo ao filme acabamos percebendo que reclamamos demais e por muito pouco. Achei interessante ver que o cinema não é apenas um meio de lazer, mas também de conscientização.

O curta metragem que se passava na China foi o que mais me tocou. Talvez porque no início ele retrate um pouco de tristeza, mas depois tudo termina bem. Ele foi feito com duas meninas: uma era pobre e foi encontrada perto da lixeira quando bebê por um senhor bem velhinho e com quem era muito feliz. Já a outra era muito rica, porém não passava momentos muito bons, pois seu pai havia se separado de sua mãe e ido viver com outra mulher e outro filho.

O encontro das duas se dá de modo rápido, no entanto, muito bonito. Song Song, a menina rica, tempos antes tinha jogado uma boneca fora e ela acaba indo parar nas mãos da menina pobre. A primeira diz o quanto a boneca estava linda e bem cuidada; a segunda então entrega uma pequena rosa para Song Song.



Emocionante também é a parte que a mãe está quase jogando seu carro num rio com ela e a filha dentro. De repente ela para, olha para a pequena menina e esta lhe da a flor. A mãe acaba percebendo que pode ter uma vida muito boa e feliz com ela. Gostei do jogo de imagens e da utilização da linguagem emotiva predominante em todo o pequeno grande filme.

Vitória Furtado – Aluna do 8º Ano do Ensino Fundamental II

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